quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Poesia

Ovo tem rosto
criou o Céu e a Terra
brotou a vida...

sábado, 16 de outubro de 2010

Convite


A editora Exclamação e a Autora têm o prazer de convidar para a sessão de autógrafos da obra O ROSTO DO OVO na 56ª Feira do Livro de POA

Local: Praça de Autógrafos
Data: 05 de novembro 2010 : sexta-feira
Horário: 17h30min.


SINÓPSE

O ROSTO DO OVO contém nuances da sociedade moderna de cunho universalista. Na temática do livro, ocorre a alternância de textos mais longos com minicontos, compatíveis com a era digital. A ficção é composta por contos psicológicos, fantásticos, alegóricos, realistas e de ficção científica. Personagens do mundo falam, numa linguagem simples e concisa. A narrativa demonstra o compromisso com um novo perfil de literatura. A obra expressa uma parceria da escritora com o público leitor.

Izabel Eri Camargo

domingo, 10 de outubro de 2010

Leitura poética para deficientes visuais




Sarau poético



Olhos verdes olhos azuis

olhos pretos olhos castanhos

olhos do coração

todos são admirados

uns enxergam outros veem

todos sabem quem é você

teem o jeito de enxergar

quem vê com o coração

é sempre capaz de amar...




In: Poesias viajantes. Izabel Eri Camargo

sábado, 11 de setembro de 2010

SARAU POÉTICO IZABEL ERI CAMARGO

O sarau marcará o ato simbólico da entrega de 5 livros da autora no formato Braille. A parceria foi criada pela Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, no sentido de proporcionar aos deficientes visuais a leitura de poesias, haikais e pequenos contos.

Além da leitura de alguns trechos dos livros pela autora e convidados, ocorrerá o lançamento do livro O ROSTO DO OVO no auditóriio Luis Cosme Casa de Cultura Mário Quintna.

domingo, 20 de junho de 2010

NOITE DE INVERNO

Izabel Eri Camargo

Chuva gelada encanta dorminhocos
enrolados em lençois perfumados
escutam a música das gotas que caem
viajam aos céus bailam no ar
sonham com vinho p'ra alma esquentar
noite de inverno festa elegante
musas formosas despertam os amados.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A DEUSA


Izabel Eri Camargo
Bela figura humana
representa a natureza
seu corpo é obra de arte
seu gesto é amor publicado
seu abraço dá luz ao coração
a vida saúda a beleza
flores perfumam a deusa.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASÍLIA - NÚMERO 111 – MARÇO/ABRIL- 2010

PEQUENOS FRASCOS

(Porto Alegre – RS) Um livro infantil, dentro do melhor perfil do “aprender brincando”e um livrete de haikais, respectivamente A VOGAL E O HAIKAI e PEQUENOS FRASCOS são os livros que a professora, escritora e acadêmica Izabel Eri Camargo acaba de lançar. Profusamente ilustrado e colorido, o primeiro, destinado aos pequenos leitores, contou com a colaboraação da artista plástica Andreia Cristina Saffier
que deu vida ao texto. No haikai, a autora demonstra seu completo domínio na construção dos poemas de origem japonesa que, basicamente, consiste em apresentar uma ideia com um mínimo de palavras, deixando ao leitor a construção de sua realidade. Dois livros que sedimentam a importância do gênero e que marcam a carreira literária de Izabel Eri Camargo. Editora Exclamação – Porto Alegre (RS) – 80 páginas (PEQUENOS FRASCOS) – 2009.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Meu chão
Água doce, água salgada
riquezas da minha Terra.

Céu azul, noite estrelada
pintam de ouro todo chão.

Nos galhos do horizonte,
está suspensa a passarada.

O amor canta baixinho,
no fundo do coração.

Sol, la, si, soa fininho,
no bico do passarinho.

domingo, 28 de março de 2010

O BERÇO E A LUZ

Izabel Eri Camargo

Enxergo com saudades a imagem do meu berço, ele era o melhor e o mais bonito do mundo, como de ouro. Foi feito com arte, em madeira de lei, todo trabalhado no torno. Decorado com roupas coloridas, macias e perfumadas. Eu tinha apenas dois anos de idade, embalava-me e dormia sozinha. O sono era interrompido por uma imagem vestida de branco, olhando-me fixo. Era uma mulher linda, rosto delicado, olhar carinhoso, parecia uma santa. Iluminada, imóvel, perto do meu rosto. Quando eu passava por uma cochilada, acordava com um clarão perto da minha cabeça, parecia-me que alguém riscava um fósforo. O medo paralisava meu corpo. Cobria a cabeça com a colcha e, quando estava com falta de ar, espiava a mulher por uma frestinha. Ela estava ali firme, encarando-me. No inverno, era mais fácil manter-me escondida em baixo das cobertas, mas no verão, a transpiração poderia matar qualquer vírus de gripe. Com a respiração ofegante, o coração saindo pela boca, às vezes eu conseguia gritar:
¬Mamãe, acende a luz! Estou com medo!
Quando vinha a claridade eu não via ninguém. Que susto!
Tudo bem! Ela me ordenava que dormisse, porque não havia nada ali. Apagada a luz, lá estava de novo a mulher de branco, a postos. Que sufoco, quem será, o que quer comigo? Pensava, pensava... Não era nada, pura ilusão de ótica, não havia entrado ninguém em nossa casa. O dormitório era grande, mas bem fechado. Às vezes eu dormia vencida pelo cansaço, mas com a cabeça coberta. Outras vezes, permanecia espiando a visitante até ouvir o cantar do galo.
Começava a clarear o dia, a visita ia embora e o medo também. Depois de muitos anos, menina-moça, longe do berço, na minha cama sem grade, dormindo sozinha, em outro quarto, não vi mais aquele rosto.
Hoje, guardo esse filme com muita nitidez.
Era tudo verdade, mas ninguém entendia.
(In: Fronteiras do Amanhecer:contos)






O NOVO HOMEM

Izabel Eri Camargo
Pretendemos realizar uma análise e propor uma reflexão sobre o homem, como centro dos mundos. Considerando que os mundos estão se fazendo, tem-se como premissa que o homem também está se fazendo, evoluindo, modificando-se, tornando-se cidadão do mundo.
Desde as idéias de Platão configura-se o valor do homem moral dentro de um “Estado Justo”. Mais do que nunca, agora, no terceiro milênio, sente-se a necessidade de vislumbrar uma nova ordem de valores absolutos, morais, sociais, estéticos e religiosos, no sentido de preservar a justiça, a ética, a solidariedade, o amor e a fé.
A partir da trilogia – Homem, Deus, Mundo, tem-se a esperança de que surja uma nova dimensão moral para o homem; uma moralidade que brote do interior da alma, que seja de aspiração pela experiência espiritual.
Espera-se que o homem deste século possa ser ele mesmo, colocando em prática os frutos de sua criatividade. Tratando-se de um ser pensante, é provável que ele coloque junto de si a realidade problematizada para analisar, refletir e, vendo em suas mãos a busca da verdade, do bem e do significado para sua vida, desenhe um caminho mais perfeito em comunhão com a humanidade. Assim, parece estar vivenciando os três tipos de amor, “amor a Deus, amor a si, amor ao seu semelhante”- a toda a humanidade.
O homem, ser por excelência dotado de inteligência e vontade, utilizando-se do pensamento indutivo e do dedutivo aplicados à experiência, poderá com a chave da consciência, contribuir para as grandes transformações, no sentido da solidariedade, da harmonia, da paz e da justiça.
A semente do amor e da felicidade está no coração do responsável pela semeadura.
Platão dizia que o bom político é aquele que torna melhores os concidadãos, depois de ele próprio ter-se melhorado, graças ao domínio exercido sobre seus desejos.
É importante ressaltar que, quando nos referimos ao homem, consideramos o ser humano, isto é, homens e mulheres. Esse ser, a que contemplamos como ser político, é o agente responsável pela transformação e superação dos problemas da sociedade.
É importante diferençar os valores absolutos dos transitórios para que não ocorra conflito na atualização dos últimos. É promissor perceber-se uma nova ordem no mundo, visualizando-se no ser humano a capacidade de transcendência e a prática da cosmoética.